O avião que está desaparecido e supostamente teria caído na área da reserva indígena em São Miguel do Guaporé estaria sendo pilotado por Adeilson Lenke, irmão do ex-presidente da Câmara Municipal de Jaru, Agnaldo da Silva Lenke, o Agnaldão, que chegou a assumir como prefeito interino em duas oportunidades no ano de 2005.
O avião está desaparecido desde o último domingo (13) e segundo informações, o desaparecimento da aeronave foi confirmado pelo filho de Adeilson, John Lenke, que solicitou a Polícia Militar de Ji-Paraná que novas buscas sejam realizadas na área para tentar localizar a aeronave. Não há informações se havia outras pessoas a bordo.
A PM de São Miguel do Guaporé esteve empenhada nas buscas do avião, que teria caído na área da reserva indígena Rio Branco, próximo à linha 90. As informações obtidas davam conta que moradores da referida linha teriam visto uma aeronave sobrevoando a região e logo após teriam escutado um forte barulho e, também, teriam visto fumaça, o que os levou a concluir que a aeronave poderia ter caído.
Assim que a informação chegou à Polícia Militar de São Miguel do Guaporé, o Tenente PM Adriano, acionou uma equipe que foi composta por policiais militares que estavam de serviço em São Miguel do Guaporé e em Santana do Guaporé, além de policiais do canil, do serviço de inteligência e por policiais de folga que, mesmo o domingo sendo o dia das mães, prontamente se voluntariaram e deslocaram- se para o local do suposto acidente para ajudar na difícil busca na densa floresta.
As informações eram vagas e, a reserva Rio Branco, área onde o avião teria caído, é composta por 236 mil hectares de mata fechada, mesmo assim os policiais militares não titubearam em momento algum diante da missão de localizar a possível aeronave, tendo em vista que poderia haver pessoas necessitando de resgate. Antes do possível acidente avião teria sido visto sobrevoando, em altitude relativamente baixa, as linha 82, 86 e 90, próximo a reserva Rio Branco, área onde supostamente teria caído. Mesmo sem informações precisas ou meios necessários os policiais passaram todo o dia fazendo as buscas, pois a Polícia Militar do estado de Rondônia, de forma geral, e de São Miguel do Guaporé, de forma específica, tem o compromisso de ser leal na defesa da vida e na responsabilidade social. No domingo, a equipe de policiais o fizeram contato com o chefe com o chefe de uma das tribos que vivem na reserva, o indígena “Pairá”, para saber informações sobre a área, e este prestou as informações e indicou um senhor, morador da linha 90, que conhece bem a região, conhecido como “Neno”, que auxiliou os policiais no trajeto pela mata realizando a função do guia.
Ainda no domingo, a Polícia Militar contou com o apoio do empresário Roberto Teixeira, do município de São Miguel do Guaporé, que se prontificou em fazer um voo com seu avião particular sobre a área, na tentativa de encontrar evidência do fato, porém a mata muito fechada impossibilitou a visualização de algo que se identificasse como sendo o suposto avião que teria caído. Na segunda-feira as buscas continuaram, porém sem êxito.
Na terça-feira, os policiais militares de São Miguel do Guaporé receberam o apoio de policiais do 2º Batalhão, de Ji-Paraná, que trouxeram um drone para auxiliar nas buscas, porém nada foi localizado. Não é possível afirmar que, realmente, o avião tenha caído, porém não se pode descartar a possibilidade de ter ocorrido esse sinistro, é justamente por esse motivo que a Polícia Militar de São Miguel do Guaporé rapidamente se mobilizou e passou três dias empenhada nas buscas, bem como manteve contato com outras instituições como, os bombeiros de Ji-Paraná e Rolim de Moura, para que viessem prestar apoio no resgate caso o avião fosse localizado; também foi mantido contato com a Força Aérea Brasileira e com o SIVAM (Sistema Integrado de Vigilância da Amazônia) para prestar apoio com o monitoramento via satélite. Contudo, sabe-se que nenhuma aeronave brasileira encontra-se desaparecida, e mesmo não sendo possível afirmar com certeza se realmente houve ou não queda de um avião, é necessário ressaltar e enaltecer o trabalho da equipe da Polícia Militar de São Miguel do Guaporé e de todos os que apoiaram nas buscas, pois Polícia Militar não mediu esforços, e tudo o que podia fazer para esclarecer o fato, foi feito.
Fonte: Anoticiamais com informações da Assessoria da PM de São Miguel do Guaporé