O bloqueio feito pelos índios da etnia Nambikwara, na BR-174, entre Vilhena (RO) e Comodoro (MT), deve continuar nos próximos dias, segundo informou a Polícia Rodoviária Federal (PRF). A rodovia está bloqueada desde domingo (17) e, para passar no local, motoristas e motociclistas precisam pagar pedágio entre R$ 15 e R$ 50.
De acordo com a PRF, os índios fecharam a BR-174 em protesto por melhorias nas estradas que dão acesso às aldeias e, por enquanto, não existe previsão para liberação. A situação dos indígenas foi encaminhada ao Ministério da Justiça em Brasília, onde a PRF aguarda um posicionamento do órgão.

O bloqueio da rodovia federal se agravou na quarta-feira (20), quando um caminhoneiro de 70 anos teve a carreta atacada com três flechadas, no momento em que passava pelo bloqueio. Segundo José da Silva Costa, o ataque ocorreu mesmo depois de ele ter pagado o pedágio. A Polícia Federal (PF) foi acionada para periciar o veículo do motorista.
Desde o bloqueio de domingo, mais de 20 motoristas registraram ocorrências na PRF de Vilhena, alegando terem sido extorquidos com o pedágio ilegal.
Segundo a polícia, os índios se concentraram em uma área que não é de reserva indígena. Na quinta-feira (20), a Associação Comercial e Empresarial de Vilhena (Aciv), a Cooperativa de Transportes de Cargas de Vilhena (Coopervil) e a Cooperativa de Transportes de Rondônia (CTR) protocolaram requerimento à Polícia Federal, PRF, Procuradoria da República e Funai, pedindo solução imediata do problema. Segundo estas entidades, o ato fere o direito da população de ir e vir.
Segundo a Fundação Nacional do Índio (Funai) de Vilhena, a superintendência da instituição em Cuiabá (MT) e Brasília (DF) está tentando resolver a situação do grupo.