A sessão ordinária da Câmara Municipal de Jaru desta segunda-feira (25) que estava prevista para iniciar às 9 horas começou com várias horas de atraso devido a um impasse, o vereador Valdecir Orlandini (PSB), que já havia apresentado um pedido de afastamento de 30 dias sem remuneração após o episódio da última semana que culminou com sua prisão, compareceu à sessão e queria presidir a mesma.
Após uma demorada reunião com todos os vereadores, chegou-se ao consenso de que seria melhor Orlandini, que foi libertado por força de Habeas Corpus, cumprisse a licença até que sua situação perante a Justiça tenha uma melhor definição. A sessão, presidida pelo vereador José Cláudio Gomes, o popular Amarelinho (PSC) só teve início por volta das 13 horas, mesmo assim um grande público permaneceu nas dependências do plenário até o término dos trabalhos.
Durante a sessão ordinária o presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura possíveis irregularidades na realização de leilão de materiais e veículos inservíveis, realizada pela Prefeitura Municipal, vereador Moisés Zalen Soté, o Moisés da Manaim (PDT), leu o relatório da CPI e apresentou dois áudios com depoimentos da prefeita Sonia Cordeiro de Souza (PT) e de um servidor público que trabalha na Garagem Municipal, que pode servir de prova contra uma das irregularidades apresentadas no leilão, o baixo valor de venda dos produtos, o que pode ter causado grandes prejuízos ao erário público.
No depoimento da prefeita ela relata que foram comercializados no leilão apenas sucatas que não tinham mais qualquer serventia para o Município. Porém o servidor declarou que pelo menos máquinas pesadas vendidas na ocasião estavam em funcionamento, restando apenas serviços de manutenção para que pudessem ser utilizadas.
Seguindo os trâmites legais do processo de investigação, a CPI foi transformada em Comissão Especial, que tem a finalidade de apurar eventuais infrações político-administrativas cometidas pela prefeita na realização do leilão. A Comissão Processante deve ser concluída num prazo de aproximadamente 30 dias e após isso, os vereadores poderão votar pelo afastamento ou não da chefe do Executivo Municipal.
Fonte: Anoticiamais
Autor: Flávio Afonso