Denúncia divulgada pelo jornalismo da TV Candelária/Record, mostrou mais um daqueles escândalos no serviço público a que já estamos nos acostumando, pois acontecem em todos os cantos do país e quase todos os dias. E de vez em quando são descobertos, fazendo alarde no começo, mas depois sendo engolido pelo próximo. Exonerado do cargo por se negar a pagar uma medição de obra numa UPA, alegando que havia sérias irregularidades no processo, o então secretário de saúde de Cacoal, Márcio Welber, abriu o jogo. Numa reunião com vereadores, gravada escondida pelo vereador Adailton Fúria, o então secretário (um dos 12 que ocuparam o cargo na atual administração) acusou o prefeito e o procurador do município de envolvimento em ilegalidades relacionadas com licitações. E comentou que a empresa vencedora da obra da UPA já teria pago mais de 190 mil reais, óbvia suspeita de propina. Tudo está na gravação. Também está afirmação do ex secretário, de que foi ameaçado de morte pelo procurador José Carlos dos Reis, que ele chamou na gravação de Zé Carlos. “Ele disse que me daria um tiro na cara se eu não assinasse o pagamento ou se abrisse a boca para contar alguma coisa”, relatou Márcio Welber.
O prefeito Padre Franco negou tudo e disse que em seu governo nada é feito fora da legalidade. Afirmou ter aberto toda a documentação para quem quiser ver. E tem gente que quer ver! O Ministério Público está investigando tudo. E os vereadores, que criaram uma CPI para apurar as responsabilidades e a verdade. O assunto, é claro, tornou-se tema de todas as conversas em Cacoal. O caso pode até ir para a vala comum da Justiça, mas certamente trará consequências políticas imediatas. E é Rondônia, de novo, no centro de um escândalo. O que, obviamente, ninguém gostaria que tivesse se repetido.
Fonte: Newsrondonia