Em reunião no Plenarinho na manhã desta quarta-feira (14), o presidente da Comissão de Agropecuária e Política Rural, da Assembleia Legislativa, Lazinho da Fetagro (PT), explicou que apresentará projeto para a redução na tarifa da Guia de Transporte Animal (GTA) de 25% por unidade. Ele citou que, se o projeto for aprovado, o valor passará de R$ 2,93 para R$ 2,20 por cabeça.
“Representa um quarto de redução, por cabeça. O valor é calculado em cima da Unidade de Padrão Fiscal (UPF), que é variável. Agora mesmo a UPF está caindo”, afirmou Lazinho da Fetagro.
Participaram da reunião, os deputados Adelino Follador (DEM) e Ribamar Araújo (PT), membros titulares da Comissão. Adelino Follador disse que a mudança é justa, porque é melhor pagar por cabeça do que por carga.
Incentivo à agroecologia
O deputado Lazinho da Fetagro voltou a defender o incentivo à agroecologia em Rondônia. Ele se posicionou nesta quarta-feira (14), durante sessão plenária na Assembleia Legislativa, no sentido de se fomentar a produção orgânica e biodinâmica. Porém, comentou que o agronegócio, que pensa diferente, também busca a produção de alimentos e ambos, mesmos antagônicos, podem caminhar juntos por se complementar.
Autor do projeto, que foi transformado na lei nº 3.566, de 3 de junho de 2015, que institui a semana da agroecologia no Estado de Rondônia entre os dias 14 a 20 de outubro, Lazinho fez algumas considerações e lembrou que a agroecologia tem a preocupação com o meio ambiente. Enfatizou que 77% da produção de alimento no Brasil vem da agricultura familiar.
O deputado do PT fez um paralelo sobre a agroecologia e o agronegócio. “São antagônicos, mas se complementam na produção de alimento. Em Rondônia, o avanço do agronegócio começa a prejudicar a agricultura familiar, pois se investe em máquinas e em grandes áreas. Tem que se buscar o meio termo para se manter os agricultores no campo. No Estado, tem região que está sendo prejudicada pelos defensivos agrícolas, os agrotóxicos utilizados pelo agronegócio”, complementou.
Outro ponto denunciado por Lazinho é de que há regiões em Rondônia onde os agrotóxicos estão se esparramando para outros terrenos por falta de controle. O parlamentar falou sobre as sementes modificadas geneticamente que, segundo ele, prejudicam os agricultores. Disse que apenas seis empresas são responsáveis pela produção de sementes no mundo.
“Que soberania o nosso País vai ter se não possui o controle disso?” indagou, ao observar que não defende acabar com o agronegócio, mas não aceita acabar com a agricultura familiar, visto entender que não se pode pensar tão somente no comércio, mas na produção agrícola.
A deputada Lúcia Tereza (PP), em aparte, disse ser incentivadora de se facilitar a vida do agricultor. Por isso é a favor da máquina e da tecnologia. Deixou claro não concordar que o agricultor fique a vida toda no cabo da enxada, cabo de cavadeira e cabo de foice.
Lazinho disse concordar e que precisa haver mais incentivo para a ajudar os agricultores. “Não defendo a extinção da plantação de soja, mas de complementar uma com a outra, já que o alimento orgânico é mais saudável”, assegurou.
O deputado Cleiton Roque (PSB) elogiou a atuação de Lazinho na defesa da agricultura. Propôs o incentivo da pesquisa em favor da produção orgânica, sem a utilização de agrotóxicos. Comentou e elogiou o Projeto Abaitará, de Pimenta Bueno.
O deputado Adelino Follador (DEM) defendeu o equilíbrio entre a produção e os impactos ambientais. Já o deputado Alex Redano (SD) anunciou que haverá audiência para se debater a questão na Assembleia Legislativa.
Por fim, Lazinho garantiu que defende os dois modelos, agroecologia e agronegócio, em perfeita harmonia para que haja a produção de alimentos saudáveis para a população.
Texto e Foto: Decom – ALE