A morte de dois madeireiros pegou a população de Espigão do Oeste de surpresa na tarde de quinta feira. A noticia foi trazido por um dos amigos dos madeireiros que teria chegado ao local e encontrado os equipamentos usados pelas vitimas (trator, moto serra) abandonado e sem nenhum sinal dos trabalhadores. Segundo essa mesma pessoa alguns índios teriam chegado ao local e falado para ele ir embora depressa que alguns índios teriam feito uma besteira naquele local. De volta à cidade essa pessoa comunicou o fato aos familiares das vitimas que começaram a buscar informações pelo paradeiro dos mesmo que desde a terça feira não se tinha noticia. Segundo a pessoa as vitimas seriam Augusto Marcelino e Keka, sendo um deles sobrinho do vereador Genésio Mateus.
Ao ser informado pelo vereador Genésio a reportagem entrou em contato com o cacique Mauro Marcelo Kakin Cinta Larga que se encontra na FUNAI em Cacoal. Em conversa via Whatsapp o líder indígena confirmou o ocorrido afirmando que essas pessoas teriam se envolvido em uma bebedeira com alguns índios no local e após um desentendimento entre eles, os índios teriam matado os madeireiros a flechadas e enterrado os corpos. Pelo fato das mortes terem ocorrido na área de responsabilidade do Cacique João Bravo, o mesmo que também se encontrava na FUNAI em Cacoal, foi autorizado a descer para a aldeia Tenente Marques para tomar ciência do ocorrido. O cacique Mauro Marcelo durante contato com a reportagem afirmou a posição das lideranças Cinta Larga de repudio contra a atitude desses parentes que cometeram esse ato.
O cacique João Bravo desceu para a aldeia com a missão de identificar os autores do crime.
“Esse é um momento difícil que os índios estão passando e a atitude desses parentes tem a reprovação de todos os lideres da comunidade”. Segundo Marcelo a conversa que manteve com o líder João Bravo é no intuito é identificar os autores do homicídio e entregar a Policia Federal. Marcelo afirmou que o cacique João Bravo foi para o local na tarde de ontem para tomar essa decisão de identificar os parentes que cometeram o crime e entregar eles a policia federal na entrada da aldeia. “Não podemos concordar com essa atitude de dois ou três parentes que cometeram um crime e que a culpa venha cair sobre todos os índios Cinta Larga”. Afirmou Marcelo ao se justificar pela iniciativa de entregar os autores do duplo homicídio as autoridades competentes.
Fonte: Luizinho Carvalho