O ex-secretário adjunto de Saúde de Rondônia, José batista da Silva, em depoimento à Polícia Federal, disse temer pela sua vida e que sofreu intensa pressão para não fazer a chamada delação premiada às autoridades que investigam o governador Confúcio Moura (PMDB), empresários, políticos, lobistas e diversos membros da administração pública estadual rondoniense acusados de participação numa organização criminosa desbaratada pela Operação Plateias e que desviou R$ 57 milhões dos cofres do estado.
No depoimento, Batista chegou a citar o nome de pessoas que poderiam cometer algum atentado contra sua vida para que ele não abrisse a boca. Os citados na Polícia Federal são: Francisco de Assis, cunhado do governador; o auditor fiscal Wagner Luiz de Souza, o Wagner Bocão; o recém-exonerado secretário estadual de finanças, Gilvan Ramos; o delegado de Polícia Civil Alexandre Arabe e o chefe da Casa Militar do Governo do Estado, major Maurício Marcondes Gualberto.
Desses, a Polícia Federal prendeu Assis, Bocão , Arabe e Gilvan Ramos como acusados de fazer parte de uma quadrilha que seria chefiada pelo governador Confúcio Moura e que desviou R$ 57 milhões dos cofres públicos por meio de contratos fraudulentos, direcionamento de licitação, recebimento de propina, entre outros crimes ora em investigação.
A prisão de Assis, Gilvan , Bocão e Arabe foi determinada pela ministra Laurita Vaz, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O Ministério Público Federal deixou de pedir, por ora, a prisão de Confúcio sob a alegação de que encarcerar o governador aumentaria a crise política no Estado.
Segundo Batista, ele foi pressionado para não prestar o depoimento e não revelar o esquema de arrecadação de propina no Governo.
Antes de ser preso na Operação Termópilas, Batista gozava de inteira confiança do governador, de quem havia sido um dos coordenadores na campanha eleitoral de 2010 e chegou a ser cogitado para assumir a chefia da Casa Civil, podendo, na época, escolher qualquer órgão público para comandar.
Fonte: Tudorondonia