O mau tempo que atinge grande parte do país e de Mato Grosso cancelou as buscas à aeronave de pequeno porte (prefixo PT-ICN) que caiu próximo a cidade de Poconé (103 quilômetros de Cuiabá). Como as condições não eram favoráveis ao helicóptero de resgate, foi preciso que as equipes retornassem para Cuiabá.
Dois dos tripulantes foram identificados, um é John Venera e o outro Marcelo Balestrin, 40 anos.
O comandante do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer), tenente-coronel Chiroli, explicou ao site Olhar Direto que o Águia que auxiliava na operação teve que retornar a Cuiabá/MT por conta das condições meteorológicas. Chove bastante no local e a neblina dificulta o trabalho do helicóptero. Com isto, não foi possível chegar até onde as buscas estão concentradas.
As equipes, que também contam com socorristas e membros da Força Aérea Brasileira (FAB), devem retornar ao local assim que houver condições meteorológicas. Porém, caso isto não aconteça até o cair da noite, as buscas só serão retomadas na manhã de domingo (02).
Até o momento, a aeronave não foi encontrada e, por conta disto, não há informações sobre feridos ou mortos. O tempo de deslocamento com o águia é de aproximadamente uma hora até o ponto das buscas.
A FAB informou que uma aeronave SC-105 Amazonas da FAB está engajada na operação de busca ao avião desaparecido.
A aeronave teria decolado de Pimenta Bueno (RO) e teria como destino Santo Antônio do Leverger, na sexta-feira (30). Um dos pilotos é funcionário da empresa Cairu.
Segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), o avião é um modelo 182P, Cessna Aircraft, fabricado em 1972, pertencente a Wilson Cheris Vera e que está com o certificado de aeronavegabilidade cancelado, em situação irregular.
O site Folha do Sul Online, de Vilhena, entrevistou na manhã deste domingo (02) a esposa do piloto Marcelo Balestrin. Ele pilotava um avião que deveria pousar, no mesmo dia, por volta das 9 horas, no aeroporto de Várzea Grande/MT.
Francismara de Souza, que tem duas filhas (de 8 e 17 anos) com o vilhenense Marcelo, disse que ele enviou uma mensagem para ela às 4:47h do dia do desaparecimento, antes de decolar, cerca de 20 minutos depois. Desde então, não fez mais contato com a família ou com a empresa Cairu, de Pimenta Bueno, da qual é funcionário.
Francis disse que a Cairu está dando suporte à família, embora só tenha comunicado o sumiço do avião depois de 10 horas. E desabafa: “Eu exijo que a empresa faça buscas por terra, pois o tempo não está ajudando nas buscas pelo ar, que estão sendo feitas pela FAB”.
Ao cobrar da Cairu que contrate equipes para vasculhar as matas, a esposa do piloto justifica: ele pode estar perdido e precisando de socorro terrestre.
A entrevistada ressalta que a empresa está dando suporte e que Marcelo Balestrin sempre elogiou a Cairu. E que a exigência dela se dá em virtude da crença de que Marcelo esteja necessitando urgentemente de ajuda.
Francismara disse que, embora o avião estivesse em poder de um funcionário da Cairu, que era fiel depositário da aeronave, Marcelo havia viajado a serviço da empresa. O aparelho estava parado há cerca de dois anos, no aeroporto de Pimenta Bueno.
A esposa relata que o marido iria levar o avião para revisão em Cuiabá (MT) e traria outro, pertencente à Cairu, para Pimenta Bueno.
Ela mantém a esperança de que, tanto Marcelo quanto o co-piloto John Venera, que o acompanhava, sejam resgatados com vida. E disse não ter conhecimento de uma terceira pessoa a bordo, como tem sido especulado.
Fonte: Anoticiamais com informações dos sites Folha do Sul Online e Olhar Direto