Estelionatários continuam aplicando o golpe do falso sequestro em Rondônia. Na última segunda-feira (14) um morador de Cacoal que está a passeio na residência de familiares em Jaru quase caiu no golpe e foi salvo pela irmã, que conseguiu enganar os bandidos até que conseguissem entrar em contato com a suposta vítima e garantisse que estava tudo bem com ela.
A vítima do golpe, um aposentado de aproximadamente 60 anos de idade, recebeu a chamada em seu celular e um dos estelionatários, fingindo estar chorando, disse que era o filho dele e conseguiu enganar o idoso. Eles exigiam que fosse realizado um depósito na quantia de R$ 10 mil, mas como a vítima disse que não tinha tal valor, foram baixando até chegar a R$ 1.000.
Desesperado achando que o filho, que reside em Ministro Andreazza e trabalha em um banco, estava mesmo em poder de sequestradores, a vítima já se preparava para ir a uma agência bancária realizar o depósito quando a irmã pediu para atender o celular em uma nova ligação e disse que encontrou o proprietário daquele aparelho desmaiado e pediu para ligar em poucos minutos quando ele se recuperasse.
Neste intervalo ela, que já havia feito várias ligações para o suposto sequestrado, mas ele não atendia, pois estava trabalhando, mandou uma mensagem pelo WhatsApp e ele então atendeu a ligação e falou com o pai que estava tudo bem com ele e que tudo não passava de um golpe.
Na manhã desta terça-feira (15) uma moradora de Ouro Preto do Oeste não teve a mesma sorte e acabou caindo no mesmo golpe e depositou a quantia total de R$ 5 mil, sendo dois no valor de R$ 1.000 nas contas em nome de Sônia Maria de Aguiar e de Ingrid Caroline Pinto F. de Jesus e outros dois no valor de R$ 1.500 cada nas contas de Ana Rosa da Silva e Márcia L. C. Magalhães.
Os estelionatários só pararam de extorquir a vítima quando ela se encontrou com o filho, que sabia que se tratava de um golpe e ameaçou os bandidos, que desligaram o celular.
Normalmente esses golpes são aplicados por presidiários de dentro das cadeias. Embora as vítimas sejam pegas de surpresa, é muito importante não entrar em desespero e fornecer as informações das quais os falsários precisam.
O pânico diante da possibilidade de um parente estar sequestrado faz com que muitas pessoas deixem de tomar atitudes óbvias, como checar se a informação é verdadeira. Segundo a polícia, frequentemente as vítimas deixam de ligar para o suposto sequestrado não porque são impedidas de fazê-lo, mas porque a ideia não lhes ocorre.
Ligue para o suposto sequestrado ainda que o bandido diga para não fazê-lo. Se conseguir contato, o caso está resolvido. Se não, tente um amigo ou parente dele. A hipótese de um sequestrador real fazer essa ameaça é remota – bandidos não vão matar a vítima, e perder seu trunfo, só porque o celular dela tocou.
Segundo estatísticas da polícia, 90% dos primeiros contatos telefônicos feitos por sequestradores reais duram menos de um minuto. Por temerem ser rastreados, eles nunca fazem ligações longas.
Apelos chorosos de supostos sequestrados têm sido usados com frequência pelos golpistas. A polícia sabe que raramente sequestradores de verdade telefonam do mesmo lugar em que está a vítima. Sabem que podem ser rastreados e ter o cativeiro descoberto.
Se você cair no golpe, não deixe de prestar queixa na polícia. De posse de informações como o número de origem da chamada criminosa ou o número da conta em que o “resgate” foi depositado, a polícia pode identificar o criminoso e evitar que mais pessoas sejam vítimas dele.
Fonte: Anoticiamais