Um grupo de jaruenses resolveu fazer um roteiro um pouco diferente nessas férias e visitou a Isla de Margarita na Venezuela, um refúgio paradisíaco na pátria Bolivariana. Perfeito refúgio das agitações urbanas, o local é retiro para a alma, o corpo e a mente.
Confira a primeira crônica de viagens sobre o país caribenho visitado pelo casal de professores de Educação Física, Uelton Salomão e Vanderleia Ramos Salomão, e amigos.
Pode ser realizada a viagem de ônibus, inclusive da empresa Eucatur, com saída de Manaus/AM ou Boa Vista/RR direto para Porto La Cruz, onde se pega o Ferro Bolt (navio super confortável) por 4 horas de viagem até chegar ao destino fascinante Isla de Margarita.
Playa El Agua é uma das maiores praias da ilha e tem esse nome por conta da cor excepcional de seu mar.
A paráfrase “o que acontece em Margarita, fica em Margarita” funcionaria bem na magnífica ilha venezuelana (localizada no Mar do Caribe, distante a menos de meia hora de voo de Caracas, capital da Venezuela) se esta não dormisse, como os grandes centros culturais do mundo. Mas não. O dia a dia da ilha se assemelha, e muito, à rotina de qualquer cidade interiorana brasileira. Ou seja: Margarita dorme cedo e acorda tarde, mesmo em alta temporada.
Em miúdos, os estabelecimentos comerciais abrem por volta das 10 horas da manhã e começam a fechar às 20 horas (as praças de alimentação dos shoppings costumam funcionar até as 22 horas).
A Isla Margarita não é uma Las Vegas sul-americana, como muitos pensam. Esqueça aquela ideia de uma vida noturna pujante, com multidões caminhando nas calçadas em ritmo frenético, em meio a abundantes fachadas de neon, com ofertas de bares e restaurantes pra todos os lados.
De dia e de noite, exceto em Porlamar, cidade localizada no centro da ilha, a tranquilidade das ruas prevalece (à noite, então, são escuras e desertas, portanto, perigosas a turistas). Isso combinada com a internet escassa e lenta, faz do lugar um perfeito refúgio das agitações urbanas. Um retiro para a alma, o corpo e a mente.
A ilha tem uma rica história, que começou com a chegada de Cristóvão Colombo, em 1498, no século XV, quando os índios Guaiqueries habitavam o lugar. Os colonizadores europeus logo se encantaram com a quantidade de pérolas que encontraram no local (que rendeu à ilha o apelido “Pérola do Caribe”), e se apressaram em fortificar a nova possessão para protegê-la dos ataques de piratas, dando início à colonização, que teve reflexo direto no idioma.
Parte dessas construções segue preservada até os dias de hoje, como o Fortín de la Galera, localizado em Juan Griego (que na realidade é uma cidadela, e não um bairro, como muitos pensam).
A região desempenhou um papel importante na história da Venezuela no começo do século 19, quando se tornou a primeira parte do território venezuelano a se tornar independente da Espanha.
Foi lá, inclusive, que Simón Bolívar (figura histórica importante, cuja imagem pode ser encontrada em qualquer esquina) foi declarado comandante em chefe de todo o país, em 1816, e iniciou a campanha que levaria à libertação de Colômbia, Equador, Peru e Bolívia do domínio espanhol.
Mesmo com tantas narrativas célebres para contar, são as praias de águas cristalinas ora azuladas, ora esverdeadas, que monopolizam a atenção dos visitantes (“turistas não ligam para a história daqui”, nos disse um simpático taxista – uma triste constatação).
Há, na ilha, cerca de 82 belas praias ao longo de mais de 170 quilômetros de litoral, o que a torna, naturalmente, um dos principais destinos turísticos da Venezuela. Tem pra todos os gostos: praias grandes e pequenas, com e sem ondas, profundas e rasas, cheias e vazias.
Boa parte dos turistas (a maioria esmagadora de brasileiros) costuma visitar a praia El Yaque, ideal para a prática de windsurfe (um esporte radical que eu tentei praticar, sem sucesso considerável).
No entanto, existem outras praias bastante famosas na ilha, como a Parguito (que tem um monte que nos proporciona uma visão espetacular), El Agua, (a de mais fácil acesso, talvez, e uma das mais procuradas) e Guacuco (a que achei a mais tranquila e a que mais massageou minh’alma).
Foi em Parguito o meu primeiro contato sensorial com o mar caribenho. E a primeira vez, não poderia deixar de ser, eu nunca esquecerei. Como um bom “carioca”, peguei “uns belos jacarés”, uma expressão praiana que significa surfar na onda sem prancha, equilibrando em uma onda forte, que faz o banhista beber um pouco de água. Mas logo peguei a manha e voltei a ser uma criança, que não se cansa de uma diversão recém-descoberta.
E lá estava eu, surfando sem prancha, caindo, levantando-se, embolando-se nas águas numa profusão de pernas e braços, voando na crista da onda. Compreendendo de uma maneira profunda o porquê do mar inspirar tanto os poetas – estando nele ou de frente pra ele. E lembrando, de repente, os versos de Dorival Caymmi: “É doce morrer no mar/Nas ondas verdes do mar”.
Peço uma breve licença ao poeta: doce mesmo é voar no mar.
Falando sobre o turismo de compras naquela que já foi uma zona de livre comércio. O mercado Comejiro é muito bom para compras de lembrancinhas, pérolas originais, camisetas de equipes da Venezuela e outros; a cozinha também se destaca com muitos restaurantes de pontas como Margarita Gril que serve o Ceviche (prato típico da região) e cardápios variados. Passeios de Jip, Parque El água (com grandes tobogãs); Diverland Park (Parque com muitas variedades de diversões), Roda Gigante Panorâmica: Ela lhe dá a melhor vista que você pode imaginar a partir dela você pode tomar as melhores fotos de tanto o parque e para a ilha, enquanto você se divertir. Montanha Russa; Aquários (Lá você pode ver os shows de golfinhos e focas) e várias outras opções.
Para cambiar o dinheiro, nosso Real estava valendo em janeiro R$ 1 = 200 Bolívares; sugiro que troque um pouco de dinheiro em Pacaraima/Roraima divisa com a Venezuela, e que leve dólares, que é muito bem valorizado e não ocupa muito espaço na bagagem, lá tem os cambistas que atendem nos hotéis, “cuidado para não cambiar nas ruas”. Pode se levar também reais que consegue fazer câmbio nos hotéis também.
A hospedagem (Hotel Maria Luiza) em Porlamar como outros bons hotéis com ótimos preços; Táxi com bons preços; fica a dica para quem for levar crianças que levem seu leite em pó, lá não é fácil encontrar para comprar.
Fonte: Anoticiamais
Autor: Uelton Salomão