Morre aos 76 anos de idade vítima da Covid-19 um dos personagens mais queridos e conhecidos de Ji-Paraná/RO, o pioneiro Jurandy Soares dos Santos, o Jurandy da Pax Nacional. Ele estava internado havia duas semanas no Hospital dos Acidentados em Cacoal. Entubado em uma UTI, o caso dele se tornou gravíssimo. Jurandy fazia parte do primeiro time de pessoas imunizadas em Ji-Paraná. Ele já havia tomado as duas doses da vacina Coronavac. Por algum motivo não teria desenvolvido anticorpos suficientes e acabou contraindo o estágio grave doença.
Jurandy da Pax deixa os filhos Nilton, Juliany, Luciany e Luciano, além dos netos Lucas, Bárbara, João Antônio, João Miguel e David.
A chegada do corpo a Ji-Paraná está previsto paras às 6 horas de hoje e o cortejo fúnebre está previsto para sair da Pax Nacional às 10 horas com destino ao Cemitério da Saudade, no segundo Distrito.
Ji-Paraná
Assim que chegou a Ji-Paraná, em 1979, casado com Luzia Motta, vindos de Goiânia com os filhos pequenos, Jurandy montou a Funerária Pax Nacional.
Muito prestativo e de espírito bondoso, não demorou muito para Jurandy integrar o grupo de pioneiros que fundou o Lions Clube. Aliás, ele ajudou a construir a sede do Lions, bem enfrente ao extinto Clube das Mães.
Política
A cidade foi crescendo e logo veio à política, uma de suas paixões, mas, não como candidato, mas, na condição de incentivador e articulador político. Seus posicionamentos e credibilidade lhe renderam a presidência do PTB a convite do amigo desde de Goiânia, Olavo Pires, que se tornou deputado federal e depois senador da República. Morreu assassinado quando disputava o governo em 1990.
Ji-Paraná Futebol Clube
Foi em abril de 1991 que despertou sua paixão pelo esporte. Jurandy foi um dos fundadores do Ji-Paraná Futebol Clube, chegando, inclusive, a ser presidente do time. Já nessa época, como um dos fundadores da Boca-Maldita, que reunia todas as manhãs de domingo na praça da Igreja Dom Bosco, em especial na Banca de Revistas do Jeová, empresários, profissionais liberais pra confabular os acontecimentos da cidade, Jurandy não escapou do humor apurado dos amigos. O fato de ser dono de funerária e presidente de time de Futebol, a turma não perdoou: disse que ele teria contratado jogador defunto e poderia enterrar o time. Jurandy se divertia com as brincadeiras. (Ainda bem que na época não havia redes sociais e nem internet, caso contrário, muita gente teria acreditado nestas lendas urbanas.)
Fonte: Folhaderondonianews