Um grupo de manifestantes da Liga dos Camponeses Pobres (LCP) da região de Jaru e do Cone Sul ocupou na madrugada desta quinta-feira (09) a ponte sobre o rio Jaru fechando o tráfego de veículos e até de pedestres de um lado para o outro do rio e na BR-364. Eles reivindicam energia elétrica, regularização de terras e melhorias nas estradas dos locais onde há assentamentos da LCP.
O grupo é composto por integrantes da LCP dos assentamentos Canaã, Raio do Sol e Renato Nathan II localizados na região de Jaru e Theobroma, Rancho Alegre de Vilhena e Santa Elina de Corumbiara.
A ponte foi fechada nas primeiras horas desta quinta-feira e os manifestantes atearam fogo em pneus e colocaram diversos tipos de legumes na pista, além de utilizar faixas e cartazes com frases de efeito.
As polícias Militar e Rodoviária Federal, além do Corpo de Bombeiros estão no local para garantir a segurança e tentar sensibilizar os manifestantes para que liberem o tráfego na rodovia federal.
Um negociador da Polícia está sendo aguardado no local para tentar negociar a liberação da ponte, mas os manifestantes cobram a presença de representantes da Eletrobras e do Incra para negociar suas reivindicações. Eles cobram da Eletrobras a expansão da rede de energia elétrica nas áreas de assentamentos e do Incra a regularização das terras ocupadas. A construção de uma ponte por parte da Prefeitura de Theobroma na Linha C-19, entre os assentamentos Raio do Sol e Renato Nathan é outra reivindicação.
Um grupo de carreteiros aproveitou para atravessar seus veículos na pista e cobrar do Governo Federal melhorias nas estradas. Não há previsão do horário da libração da BR-364 e uma grande fila de veículos já se formou dos dois lados da ponte.
O gerente da Eletrobras de Ariquemes, Thiago Ribeiro da Cunha conversou com os manifestante e explicou que os assentamentos Capitão Silvio, Canaã e Rio do Sol foram contemplados no processo licitatório para expansão da rede de energia elétrica, porém a empresa vencedora da licitação desistiu de realizar a obra, o que atrasou o serviço. Já foi feito o processo de convocação da empresa segunda colocada, que já acenou positivamente pela realização da obra e que no prazo máximo de 60 dias será assinado o contrato e dada a ordem de serviço.
Com a presença do representante da Eletrobras os manifestantes liberaram por 15 minutos o tráfego de veículos sobre a ponte em duas oportunidades em meia pista, mas voltaram a fechar e declararam que a cada representante que eles exigem a presença será liberado novamente pelo mesmo período até que toda a reivindicação seja atendida e eles liberem em definitivo a ponte. Porém quando eles se preparavam para liberar um caminhão de combate a incêndio do Corpo de Bombeiros se aproximou do bloqueio e os manifestante acharam que eles iriam apagar os pneus que haviam sido incendiados e com galões de gasolina ameaçaram atear fogo em todos, causando um grande tumulto.
O Comando da PM e inspetores da PRF estão de prontidão e podem usar da força policial para liberar o bloqueio a qualquer momento, caso não haja um entendimento entre manifestantes e negociadores.
Fonte: Anoticiamais
Autor: Flávio Afonso