A Polícia Militar (PM) de Cacoal (RO), município a 480 quilômetros de Porto Velho, passou a utilizar o aplicativo de celular whatsapp para desvendar crimes. O projeto, que ainda é piloto, consiste na criação de um grupo onde farão parte 100 pessoas, divididos em 20 policiais militares e 80 comerciantes, que repassarão ao grupo informações de suspeitos que estejam em seus estabelecimentos, com fotos que poderão ajudar a polícia nas investigações.
Um dos integrantes do grupo da PM é o gerente comercial de um posto de combustível, Valdinei Jesus Martinelli, de 38 anos. Ele aprova a iniciativa e a considera “louvável”, por se tratar de uma ferramenta rápida e de fácil acesso.
O tenente da PM Railinson Baumann Lopes, deixa claro que a ferramenta se trata de um canal informal da justiça com a comunidade, e explica que a polícia não será obrigada a comparecer ao local indicado no grupo, diante apenas das informações repassadas pelo aplicativo.
“O aplicativo não anula as denúncias pelo 190 e nem o registro do boletim de ocorrência. Na medida do possível e de acordo com a relevância da denúncia, nós iremos verificar a procedência, mas o aplicativo é uma ferramenta informal”, explicou Baumann.
“O projeto dando certo iremos ampliar os grupos para escolas, entre outras instituições. Caso não funcione o grupo será excluído”, disse. O grupo entrou em funcionamento nesta terça-feira (2). Para participar do grupo, os integrantes terão que respeitar algumas regras impostas pela própria PM, como manter as informações de forma sigilosa e não divulgar informações que não dizem respeito à segurança pública.
(Foto: Magda Oliveira/G1)