Jazz Jennings nasceu na Flórida (EUA) e hoje está com 14 anos. Sua história inclui drama e luta contra o preconceito. Ela foi diagnosticada com transtorno de identidade de gênero quando tinha apenas 3 aninhos.
Apesar da sua aparência muito feminina, ela diz como tem sido difícil lidar com isso desde quando seu corpo começou a mudar. Jazz nasceu menino, mas ela passou a se vestir de menina desde cedo.
Quando ficou mais velha, ela não quis revelar seu nome de nascimento e jogou limpo quanto a seu interesse por alguns meninos da escola, mas falou que a maioria não fala com ela e alguns ainda a chamam de “ele”.
Ela escreveu um livro, chamado Eu Sou Jazz, e fundou uma instituição de caridade para pessoas que enfrentam e vivem a mesma situação. Disse que está tendo muita dificuldade em encontrar um amor, já que as pessoas pelas quais se interessa a deixaram com um sentimento de vazio.
Isso é algo que a perturba. Sempre surgem dúvidas sobre sua aparência. Alguns de seus amigos, no entanto, dizem que ela é bonita e atraente.
Sua mãe diz para ela não pensar nisso agora, porque ainda é nova e pode se machucar
– Ela acha que preciso esperar até que eu fique mais velha para começar a pensar sobre relacionamentos. Mas eu sei que um dia vou encontrar alguém que goste de mim pelo que eu sou.
Sua mãe se preocupa como as pessoas podem reagir a partir do momento que ela for contar a verdade. Ela tem medo que as pessoas a agridam.
Ela planeja fazer a mudança de sexo quando completar 18 anos!
– A parte mais difícil de ser transgênero é ter a genitália masculina. Isso me lembra que eu não nasci em um corpo feminino.
A menina diz que começou a se sentir bem quando seu cabelo começou a crescer e ela começou a usar roupas de menina. Mesmo que tenha sofrido preconceito de alguns colegas, ela soube superar. “Eu já me sinto como uma menina, mas quando fizer a cirurgia de mudança de sexo, minha transição será completa”.
Os pais disseram que foi muito difícil no começo, mas viram como ela fica bem sendo menina. Às vezes sua mãe lamenta o fato de não tem mais o filho, mas diz que Jazz é uma pessoal maravilhosa e muito especial.
Essa é a família dela. Da esquerda sua irmã Ari de 19 anos, em seguida sua mãe, depois seus irmãos gêmeos, Sander e Griffin de 16, e seu pai.
Diz que desde que pode se lembrar, nunca referiu-se a si mesma como um menino. “Mamãe que quando eu tinha dois anos de idade, ela me elogiou por ser um bom menino, e eu a corrigi dizendo: Eu sou uma boa menina”.
Foi sempre assim, desde pequena, só queria usar roupas de menina e brincar com as coisas da sua irmã mais velha. Com 11 anos, ela começou a tomar bloqueadores hormonais para parar a produção de testosterona, de modo que ela não iria passar pela puberdade masculina. “Eu tinha pesadelos sobre o crescimento de pelos faciais e eu odiava pensar que a minha voz fosse ficar grossa e meu corpo se tornaria mais masculino”.
Apesar de ela não conseguir a atenção dos meninos na escola, ela recebe as mensagens de outros meninos em todo o mundo, através do seu site e rede social. Jazz espera ter uma família um dia, mas agora ela está usando sua experiência para ajudar os outros através da transição. “Eu quero mostrar para as pessoas que não têm que ter medo de ser diferente. Espero acabar com a discriminação contra jovens transgêneros”.
Reprodução/ Daily Mail