Os servidores públicos do município de Theobroma vêm tentando negociar uma pauta de reivindicações há cinco meses, desde o início do mês de maio deste ano. Na pauta os servidores querem implantação e melhorias no Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS), Licença Prêmio, as perdas salariais dos últimos cinco anos, Auxilio Saúde e Alimentação e formação de comissões para trabalhar o PCCS.
A pauta foi aprovada em assembleia realizada no último dia 09 de maio e encaminhada ao Executivo Municipal no dia 12, através do Oficio nº 006/2014. No ofício o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Theobroma (Sindsmuth) e a Força Sindical solicitaram ao prefeito José Lima (PDT) que informasse uma data possível na sua agenda, entre os dias 15 a 30 de maio para discutir e negociar a pauta, porém não obtiveram respostas.
No dia 04 de junho novo ofício (nº 009/2014) foi encaminhado ao prefeito solicitando do dia 05 a 20 de junho/2014, e novamente não foi atendido. Novo ofício, o de nº 011/2014, foi encaminhado solicitando do dia 20 a 30 de junho/2014 para negociar a pauta, mas também não houve resposta.
Diante da falta de disposição do Executivo de Theobroma em atender ao pedido dos servidores, o Sindsmuth convocou através do Edital nº 003/2014 uma assembleia geral para o dia 11 de julho e os servidores deliberaram e decidiram deflagrar greve a partir de dia 11 de agosto/2014.
Três dias antes de deflagrar a greve, pressionado pelo período eleitoral, em 08 de agosto o prefeito reuniu com os Sindicatos, aceitou os cinco itens da pauta e disse que reconhecia as perdas salariais dos servidores, solicitou mais um mês, até 05 de setembro para fazer um levantamento e apresentar como iria começar a pagar as perdas salariais e os valores dos auxílios.
A proposta foi encaminhada pelo Sindsmuth e Central Sindical Força Sindical aos servidores em Assembléia convocada pelo Edital nº 004/2014, e por decisão da maioria absoluta aceitaram a proposta do prefeito e decidiram esperar o prazo solicitado. Como prova de que a paciência já não era grande, decidiram que no dia 05 de setembro iriam paralisar o serviço e esperar a resposta do Executivo na rua em frente o prédio da Prefeitura de Theobroma.
Os servidores entraram então no quinto mês de espera e no dia 05 de setembro o prefeito Lima e sua equipe apresentaram aos sindicatos o levantamento técnico, que segundo o chefe do Executivo Municipal e sua equipe, os servidores não tiveram perdas salariais, ao contrário, alguns como professores, por exemplo, tiveram ganhos de 171,56%.
Questionados pelos sindicatos, o prefeito disse que não tinha proposta a fazer aos servidores, que os relatórios apresentados seriam encaminhados ao Tribunal de Contas para análise e uma nova reunião poderia ser marcada para depois das eleições. A proposta foi encaminhada novamente pelo Sindsmuth e Força Sindical aos servidores que já estavam reunidos em assembléia e ao tomar conhecimento se indignaram muito, e por unanimidade rejeitaram o pedido de novo prazo e deflagraram greve geral a partir desta segunda-feira (08).
Os servidores de Theobroma estão sem reajuste salarial desde 2010, e 60% deles recebem complementação de salário mínimo. “O que queremos são apenas as perdas inflacionárias dos últimos 05 anos, medidas pelo IBGE, que hoje somam 21,45%. Queremos um Auxilio Alimentação digno, porque estamos desde 2004 recebendo R$ 40. Necessitamos também de um Auxilio Saúde para cuidar melhor de nós e dos nossos filhos”, disse o presidente dos Sindsmuth, Cesar Aparecido dos Santos.
Fonte: Anoticiamais