Um caso de violência doméstica com emprego de cárcere privado, surras e humilhações contra uma mulher de 31 anos, e seus três filhos foi registrado na sexta-feira no município de Vale do Paraíso.
A vítima é R. F. de O. que juntamente com três filhos, o mais velho com 3 anos, e um casal de gêmeos de 2 anos de idade, sofriam constantes agressões do marido, o aposentado Agripino Rodrigues de Oliveira, 53 anos, com quem ela era casada havia aproximadamente 7 anos.
Mãe e filhos foram resgatados desse modo de vida maldita pela Polícia Militar com apoio do Conselho Tutelar de Vale do Paraíso.
Trazida para a Delegacia Civil de Ouro Preto do Oeste em um veículo do Conselho Tutelar, as vítimas terão mais segurança com as Medidas Protetivas das Restrições Judiciais que a Justiça deverá adotar, como a que impede Agripino de se aproximar da companheira.
A vítima do marido apanhou pela última vez na tarde de quinta-feira, quando decidiu tomar coragem e denunciá-lo.
O marido acusado utilizava uma chave de fenda para bater na companheira, e dava mordidas animalescas ela e nas crianças que ficavam as marcas de todos os dentes dele.
A mulher registrou em um celular as marcas da última surra, fotografou as mordidas e marcas deixadas nas crianças após as agressões, e entregou no Cartório Criminal da Delegacia Civil em Ouro Preto do Oeste.
Como não foi pego em flagrante o aposentado agressor sequer foi preso; ele responderá em liberdade pela violência que praticava contra a própria família.
VESTIDA DE HOMEM
No depoimento prestado na delegacia de Ouro Preto do Oeste a vítima do marido violento disse que era obrigada a sair na rua vestida como homem, usando calça, camisa de manga comprida e boné na cabeça virado para trás, e prendendo os cabelos.
Uma agente do Conselho Tutelar de Vale do Paraíso disse que por isso estanhava o modo de se vestir de dona R. , que quando saia às ruas de fato se parecia com um homem. Na delegacia, a vítima usava uma calça e cinto masculino.
A vítima acrescentou no depoimento que seu marido não a deixava sair de casa, e que também era proibida de conversar com vizinhos ou qualquer pessoa. Ela revelou que era privada até de fazer compras.
A vítima disse que vivia sob constantes ameaças de morte, e que as promessas do marido eram dirigidas a ela e aos três filhos.
Fonte: www.correiocentral.com.br