Ao se apresentar, Adilson estava sem advogado e acompanhado do filho de 11 anos, que testemunhou o homicídio e foi ouvido como testemunha, confirmando a versão do pai. O homem negou ter tido a intenção de matar a companheira. Pai e filho teriam passado a noite escondidos no mato e, hoje pela manhã, andaram a pé cerca de 15 km até pegar carona na BR 174 para chegar à cidade.
Em seu depoimento, Caranhato disse que Andreia havia passado o dia inteiro bebendo e, quando acabou a cachaça, passou a ingerir álcool puro. Conforme o agricultor, a esposa ficou totalmente descontrolada pela bebida, ameaçando quebrar móveis e espalhando alimentos pela casa.
Em dado momento, ainda de acordo com as palavras do autor do crime, a vítima teria pegado um facão e começado a correr atrás do garoto. Foi neste momento que, para salvar o filho, teria pegado a espingarda e disparado contra ela. “Mas eu não tinha a intenção de matar”.
Tanto Adilson quanto o filho confirmaram que não era bom o relacionamento entre a mulher e o enteado. O menino, fruto do casamento anterior do acusado, foi buscado na casa da avó, em São Francisco do Guaporé. Ele havia sido deixado lá pela mãe, e foi trazido para morar em Vilhena, mas disse que a madrasta sempre tentava culpá-lo quando não achava as garrafas de bebida que escondia pela casa.
Após serem ouvidos, os dois foram liberados e anunciaram que iriam para a casa dos parentes em São Francisco.
Créditos de Fotos: Folha do Sul