Um bebê de cinco meses morreu ao ser arremessado de um carro em movimento na noite de terça-feira (6) em Sabará, na região metropolitana de Belo Horizonte. No entanto, a Polícia Militar só foi acionada na manhã desta quarta-feira (7).
Eles disseram que estavam dentro do veículo na rua São Morais, bairro Santo Antônio de Roças Grandes, quando foram rendidos por dois criminosos.
Segundo o pai da criança, Alex Marcos Teixeira, ele teria sido agredido e retirado do veículo por um suspeito chamado Eustáquio. Já a mulher e a filha do casal, de oito anos, conseguiram desembarcar, mas o bebê ficou na cadeirinha. Como ele foi arrastado para fora com o carro em ponto morto, o veículo desceu a rua e no movimento a criança foi projetada para fora.
— Eles chegaram e eu falei que minha menina e meu menino estavam no carro, mas eles não queriam nem saber: me bateram e me colocaram para fora.
A mãe, Michele Paula Teixeira, disse que teria tentado pegar o filho no colo, mas não conseguiu tirá-lo a tempo porque o veículo começou a descer.
— Eu coloco meu filho na cadeirinha, mas não deixo travado não porque ele chora muito para mamar. Quando ocorreu o fato, eu abri a porta para descer e quando eu fui puxar o menino eles já estavam puxando meu marido.
Conforme familiares, durante a confusão, Teixeira não teria conseguido puxar o freio de mão do carro e o veículo desceu um barranco. Neste momento, a criança foi arremessada para fora do automóvel em movimento.
— Quando eu vi o carro descendo, eu arrumei um desespero e desci correndo também. Mas, quando entrei no carro, eu não vi o menino e olhei debaixo do veículo e também não estava. Foi um vizinho que encontrou, mas ele já estava desacordado. A testemunha que socorreu o bebê também informou que um suspeito chamado Dudu estava com um revólver.
A criança foi socorrida pelos pais até uma UPA (Unidade de Pronto-Atendimento) de Sabará. Devido à gravidade dos ferimentos, foi transferida para o Hospital de Pronto-Socorro João 23 e morreu horas depois.
A PM afirma que foi acionada por funcionários da equipe médica que atendeu a criança no Hospital João 23. Conforme o Boletim de Ocorrência, Michele alega que socorreu a criança por meios próprios e que ela mesmo teria acionado a PM após ter sido orientada por um policial no Hospital.
Versões
Apesar da ocorrência ter sido registrada inicialmente como roubo, em entrevista à Record Minas, Teixeira relatou que foi agredido porque foi confundido com um assaltante de casas. A Polícia Civil vai investigar as diferentes versões para o crime.
— Roubaram uma casa lá próxima e eles cismaram que era eu e começaram a me agredir.
Já Michele conta outra versão para os fatos. Ela disse que a briga teria relação com algumas propriedades do companheiro na região do crime.
— Meu marido tem uns lotes lá perto, e eles (os suspeitos) são bandidos e querendo invadir os lotes do meu marido.
Os suspeitos identificados pela PM como Eustáqui e Dudu ainda não foram encontrados. O caso vai ser investigado pelo delegado Guilherme Guimarães Catão, da 3ª Delegacia da cidade. O depoimento da família ainda não foi marcado.
Fonte: R7