Uma mãe que buscou o Hospital Municipal de Jaru há 10 dias para dar a luz realizou no início da manhã desta quarta-feira (22) o parto de uma criança que já nasceu morta. A família reclama que a mãe, de 33 anos de idade, foi três vezes ao HM de Jaru, sendo a primeira vez há cerca de 10 dias, mas foi liberada para retornar para casa sem realizar o trabalho de parto.
Segundo a irmã da parturiente, no último dia 12 de abril, domingo, – dia em que pacientes reclamaram ter ficado horas para receber atendimento, pois havia apenas um médico atendendo, tendo inclusive um paciente vindo a óbito após enfartar e a Polícia Militar ter sido acionada – ela foi em companhia da mãe da criança morta, que estava com a cesariana e a laqueadura marcadas, mas foi liberada, pois o médico que a atenderia estava de atestado médico.
No dia seguinte, segunda-feira (13), ela retornou com a irmã, que foi atendida por outro médico, o qual a examinou e disse que não estava na hora de ganhar bebê, pois estaria com apenas 8 meses de gestação. Porém, a parturiente descordou da análise e disse que ela já estaria com 9 meses de grávida, tendo, segundo a irmã, o médico declarado que quando ela nasceu ele já era formado em Medicina e que, se ela ganhasse nenê antes do período de 23 a 26 de abril, que poderia mudar de nome.
Na última quinta-feira (16) a parturiente, com fortes dores, retornou ao Hospital Municipal, mas mais uma vez foi orientada pelo médico a voltar para casa e esperar o momento certo do parto.
Na madrugada desta quarta-feira, após voltar a sentir fortes dores, a parturiente retornou ao HM e, após exames médicos, foi informada pelo médico que ele iria realizar o parto, mas que a criança já estaria morta. Por volta das 7 horas ela deu luz a uma menina que, aparentemente, estava com formação perfeita, porém sem vida.
Na Certidão de Óbito o médico especificou que a criança veio a óbito por causa desconhecida.
A irmã declarou que na noite desta terça-feira (21) a irmã teria conversado com ela e dito que a criança não parava de se mexer na barriga, o que deixa a entender que teria morrido durante a madrugada.
Revoltados, os familiares reclamam de negligência médica e que se a irmã tivesse sido atendida quando buscou o Hospital Municipal, talvez a sobrinha não tivesse morrido.
Uma enfermeira orientou que o corpo da criança fosse levado para realização de autópsia em Ariquemes, mas o pai da criança, que também foi orientado a denunciar o caso à Polícia e ao Ministério Público, disse que não iria fazer a denúncia.
Fonte: Anoticiamais
Autor: Flávio Afonso