O advogado Jerônimo Santana, que foi deputado federal, prefeito de Porto Velho e governador, grande cacique do MDB e do PMDB nas décadas de 70 e 80, festejaria em Brasília, no mês de outubro, 80 anos de idade. Uma festa em sua homenagem estava sendo preparada por antigos correligionários e na oportunidade, para marcar a data haveria o lançamento de um livro do grande líder e salve-se quem puder, porque ele adorava exercitar seu senso crítico nos adversários.
A atual geração conheceu pouco de Jerônimo Santana (foto/Marcelo Freire/Diário Amazônia). Goiano, de Jataí, Bengala, como era popularmente conhecido foi um dos deputados federais mais destacados do Congresso Nacional e ácido critico da ditadura militar. Foi o primeiro prefeito eleito pelo voto popular pós-ditadura e também o primeiro governador do estado em eleições livre.
Jerônimo Santana teve uma gestão operosa e grande parte da estrutura rodoviária existente hoje em Rondônia foi construída nos seus quatro anos de gestão. Sonhava ser o JK da Amazônia e tentou mudar a capital de Porto Velho construindo uma nova na região central, perto de Urupá e isto só não aconteceu porque o deputado Amizael Silva (já falecido e pai de Rubinho Luz seu herdeiro político) se articulou e com a cooperação do deputado Silvernani Santos conseguindo reverter a situação na Assembléia Legislativa.
Mesmo de cadeira de rodas, depois de um AVC na década passada, Jerônimo continuava bocudo e sem papas na língua. Hoje (11), Jerônimo não resistiu a novos problemas de saúde e faleceu de insuficiência respiratória no Rio de Janeiro às 9:30 da manhã.
Fonte: Gente de Opinião