Não notamos, mas a fronteira de Rondônia com o Acre recebeu as ondas sísmicas conhecidas como “P” causada pelo teste nuclear realizado na Coréia do Norte nesta terça-feira (05). Os coreanos testaram, segundo agência de notícia daquele país, uma bomba de hidrogênio (Bomba H). Países da Asia, Europa e até da América do Sul sentiram as ondas sísmicas. No Brasil, a maior intensidade foi sentida em Roraima, estado fronteiriço com a Venezuela e Guiana.
Reforçando a informação do Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo e da Opera Mundi, as ondas foram sentidas em diversas estações brasileiras.
Na região norte as ondas foram registradas pela estação localizada na fronteira, próximo ao Rio Madeira em Rondônia e Abunã nas imediações do município de Plácido de Castro (AC). As ondas registradas pelas estações brasileiras aconteceram 20 minutos depois do teste, realizado em solo norte-coreano as 23h30 (horário local).
Vale enfatizar que o país já tinha feito três testes nucleares em 2006, 2009 e 2013, o que lhe valeu sanções da ONU. Após o anúncio do teste nessa semana, detectado por vários centros de atividade sísmica, uma reunião de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas foi convocada pelos Estados Unidos e Japão.
Feito a portas-fechadas entre os 15 países membros do Conselho de Segurança, a reunião resultou em um comunicado que “condena veementemente” novos testes na Coreia do Norte e afirma que “pode implementar novas sanções contra Pyongyang”.
A bomba de Hidrogênio ou termonuclear, conhecida como bomba H, tem uma potência até mil vezes maior que a bomba atômica. Enquanto a bomba atômica gera energia a partir da fissão ou divisão de átomos, a versão de hidrogênio gera energia a partir da fusão ou união de átomos.
Fonte: Newsrondonia