O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Jaru (Sindsmuj), Wellington Souza Almeida, participou na manhã desta segunda-feira (17) da sessão ordinária da Câmara Municipal onde realizou esclarecimentos a cerca da reposição salarial e alguns informativos também.
O presidente declarou que em 5 anos, o Município acumulou a perda de 28,87% com o servidor público municipal, perda inflacionária avaliada e demonstrada nos índices nacionais IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) e INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). Em 2011, após uma greve de 35 dias, o Sidnsmuj conseguiu fazer com que o Município repusesse 8% dessa perda. No ano de 2012, após greve dos servidores de 45 dias, conseguiu a reposição de 1,87%, referentes ao período de janeiro a abril de 2012. Em 2013, a partir da deflagração da greve, a atual prefeita Sonia Cordeiro (PT) concedeu reposição de mais 4%. Esses percentuais somados dão 13,87% de perdas concedidas referente às perdas dos últimos 5 anos.
Após a greve ou durante a greve do ano passado, que durou 129 dias, nós chegamos a um acordo judicial, onde foi parcelado mais 11%, porém nós tínhamos direito a 15%. “Então, o que nós servidores públicos municipais decidimos em consenso, abrimos mão de 4%, restando 11% para ser parcelado, parcelamento este que foi aprovado através de projeto nesta casa de leis e divididos em 2,75%. Porém, eu gostaria de ressaltar o seguinte, esses 11% refere-se ao período dos últimos 5 anos, contados de 2012 para trás. Em 2013 fechou uma perda inflacionário de 5,91%”, explicou Almeida.
“Porém, o Executivo Municipal, por mais que tenhamos buscado dialogar sobre o assunto, não nos respondeu, sendo que o primeiro ofício enviado, de nº 052, datado em 30 de abril de 2014, porém não recebemos nenhuma resposta a cerca deste ofício. Mas, como nós não poderíamos fazer cobranças antes da dívida vencer, e nós temos a Lei nº 1.052 que reza que em todo mês de maio o Município precisa fazer correção das perdas inflacionárias, nós esperamos acabar o mês de maio para poder cobrar, até porque o ofício foi enviado no sentido de alertar a Executivo Municipal que estávamos aguardando a nossa reposição salarial”, frisou o presidente.
“Como isso não ocorreu, no último dia 6 de junho, o Sidnsmuj realizou uma assembleia com os servidores para tratar do tema. E lá, os servidores resolveram dar mais um voto de confiança à prefeita, adiando a paralisação dos serviços públicos, ainda assim com uma certa esperança de que o Executivo realmente veja o servidor como essencial para o desenvolvimento do município e conceda pelo menos a reposição de 5,91% até o próximo dia 27 de julho. Caso isso não ocorra, já está deliberado o início da greve no próximo dia 28 de julho, que é quando os professores retornam do recesso escolar”, declarou Wellington.
O presidente disse ainda que isso não é uma ameaça, apenas o Sindicato está fazendo o seu papel, mas quando o chefe do executivo não olha pelo servidor e não respeita a entidade que representa a classe, que, segundo ele, é o que vem acontecendo, tem lançar mãos dos direitos que tem, e a greve é um deles. “Nós não gostaríamos de estar aqui hoje falando de iniciar um período de greve, mas está sendo obrigado a falar, e talvez coloca-la em prática, pois o Executivo Municipal não está respeitando os direitos do trabalhador”, disse ele, falando que “quando se trata de criar lei, como foi a mudança do Estatuto do Servidor para criar requisitos para perseguir o trabalhador, que no projeto inicial este era o objetivo, essa lei é votada em regime urgente, urgentíssimo, e até realizam sessão extraordinária para aprová-la”.
“O Município é moroso, ninguém está preocupado com esta situação, já falei sobre esta questão de reposição salarial nesta casa de leis e não vi os vereadores se manifestarem sobre o assunto. O Município está descumprindo uma lei que trata do Plano de Cargo, Carreira e Salários e ninguém toma providências”, finalizou o presidente Wellington.
Fonte: Anoticiamais
Autor: Flávio Afonso